sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Obrigada São Paulo




Aos 17 anos saí de Tatuí. Mais do que fazer jornalismo no Mackenzie, sempre quis conhecer o mundo e eu sabia que São Paulo era só o começo. Uma cidade que me acolheu e me ensinou tanto. Poucas pessoas sentiram comigo o quanto eu sofria cada vez que partia de Tatuí para São Paulo. Quanta saudade eu senti.


Vista do apê da Jaguaribe
Meu primeiro apartamento foi próximo ao Mackenzie (e eu amava subir na cobertura e ficar olhando a vista) na Rua Jaguaribe, onde fui uma universitária muito feliz e conheci pessoas incríveis que levo sempre comigo. Meu primeiro estágio foi no Morumbi e tenho muito carinho e gratidão pelas pessoas que conheci lá e que mantenho contato até hoje. Foi onde eu também aprendi a pegar ônibus e a me virar de verdade. Lembro do dia em que eu tinha seis reais no bolso e não havia nenhum banco por perto. Era o dinheiro certo para pegar os dois ônibus que eu precisava para voltar para casa. Peguei o primeiro e ao descer para pegar o segundo, uma criança me pediu dinheiro. Coloquei a mão no bolso, achei três reais e dei a ela. Pensei: deve haver um banco por perto. Andei, andei, andei, até chegar em casa, acabada. Outro dia estava andando e minha sandália arrebentou. Uma senhora bem velhinha viu, pegou a minha sandália do meu pé, tirou um grampo do cabelo e deu jeito de consertar. Ah São Paulo, obrigada!


Isso é Mackenzie
2006, Copa do Mundo. Colecionando figurinhas desesperadamente, fiz amizade com o dono da banca em frente ao Mackenzie e sempre que ele me via, gritava:  Laura, tem brilhante aqui ó, guardei pra você! E assim completamos quase dois álbuns da Copa. Obrigada São Paulo.

Em um outro dia eu estava chegando de Tatuí, desci no Metrô Santa Cecília e estava chovendo muito. Vi um menino com o pé sangrando e o irmão dele tentando levá-lo até a Santa Casa. Peguei um táxi, coloquei os dois para dentro e os levei até o hospital. Eles desceram, agradeceram e falei o nome da minha rua para o taxista me levar. Ele ficou inconformado que eu coloquei dois estranhos no táxi dele e disse que eu podia ter sido assaltada e que o coloquei em perigo.  Dia seguinte encontrei os dois meninos em frente ao Mackenzie, vendendo chocolate. Quando o menino me viu, correu e me trouxe um Prestígio. Ele disse que eu não precisava pagar, pois era de agradecimento por tê-lo ajudado. Hoje sei que é perigoso, mas fiz o que precisava ser feito no momento. E obrigada por isso São Paulo.

Assim que fiz 18 anos decidi tirar carta aqui em São Paulo, mesmo sabendo que seria muito mais difícil do que em Tatuí. As aulas teóricas foram lá embaixo da Av. Angélica, depois do minhocão, e as práticas nas redondezas do Pacaembu. Fiz aula em um fox fofo, que eu chamava de Scot e eu era muito boa na baliza e na rampa de pé. E só. Não lembrava de dar seta, não sabia estacionar próximo a calçada e segundo o meu instrutor, eu não tinha noção de espaço! Raspei o Scot em um papa entulho uma vez. Que dó! Passei na prova, mas foi me arriscando em São Paulo que aprendi a dirigir de verdade.

Quando ganhei meu carro, minha mãe me disse. “São Paulo é perigoso, não vá de carro ainda”. E é claro que eu fui. Liguei para um amigo e ele me ensinou o caminho do Mackenzie até o meu estágio. Fui bem e voltei errado. Dia seguinte repeti o mesmo erro, sempre parando no mesmo posto para pedir informação. Até que na quarta vez o frentista me deu um papel desenhado com a entrada certa da Av. Brigadeiro. Nunca mais errei. Ah São Paulo! Obrigada.


Desbravando São Paulo
 Deixei Higienópolis quando me formei, para começar uma vida nova. Aí veio meu primeiro emprego depois de formada. Cheguei para a entrevista na Gomes de Carvalho, na S2, totalmente perdida. Parei meu carro no lugar de carga e descarga, bem proibido, e o segurança do restaurante ao lado me disse: vai e se o amarelinho chegar, aviso o porteiro do prédio pra ele te chamar, mas não demora. Saí correndo. Ah São Paulo, obrigada.
Foi amor à primeira vista: o lugar, as pessoas, as risadas, o aprendizado diário, a confiança no meu trabalho e as oportunidades que me deram, fizeram de mim a profissional que sou hoje.
Até a volta meus queridos Dona Darci (copeira) e Lalau (motoboy)
Muita gente querida no meu até logo da S2Publicom. Obrigada é pouco...
 E mais amigos para minha coleção paulistana. Mais do que amigos, somos uma família e nos ajudamos todos os dias, seja na confusão do dia a dia, no sufoco de uma dúvida, na dor de qualquer coisa. Obrigada São Paulo!
Família S2Publicom
Meus queridos e minha mesa


Fui morar na Av. Paulista com uma grande e querida amiga de faculdade e foi aí que surgiu meu maior encanto pela terra da garoa. Uma cidade que nunca para. Moro no Nações Unidas, na Av. Paulista, 648, há quase três anos. E foi aqui que vi tanta coisa acontecer. Vi da janela do meu apartamento as manifestações pacíficas do passe livre (outras nem tão pacíficas assim). Vi vândalos destruírem o banco Itaú em frente ao meu prédio e fui uma das milhares de pessoas presentes no mar verde e amarelo que cobriu a Av. Paulista, reivindicando uma reforma no nosso país. O Natal aqui na Paulista é lindo de morrer e vale a pena andar toda a avenida a pé só para ver a decoração. As manifestações artísticas tomam conta de todas as esquinas com música, dança, homem estátua, grafite, teatro. Aqui também tem amor, muitos tipos de amor. Tem gente pedindo a mão da namorada no meio da rua, gente se beijando, se abraçando, se declarando. E quem disse que não tem amor em São Paulo? 


Manifestação do Passe Livre na Paulista (aquele prédio lá do fundo é o Nações)
Os mendigos que moram em frente ao meu ponto de ônibus, o qual pego o 5154-10 todos os dias até a Berrini, são todos do bem. Um deles ficou com um cachorro que achei na rua e dei a ele. O cachorro come pedigree, tem roupa e casa (um carrinho de supermercado).
Um dia achei que tinha uma pessoa me seguindo e entrei na padaria perto de casa. O dono (que é a cara do meu pai) me acompanhou até o portão do meu apartamento e sempre que passo pela padaria ele fala: Quer ajuda Laura?
 Ah São Paulo! Muito obrigada.

Jaime e Gildo são os melhores porteiros do mundo! Um dia cheguei de madrugada de alguma festa e entrei no prédio errado. Quando olho para o lado, vejo Gildo me resgatando, como um pai. Gildo é daqueles porteiros que te vê chegando e corre apertar o botão do elevador, carrega as suas compras do supermercado e como diz uma querida amiga do Nações, só falta Gildo jogar uma flor dentro do elevador pra você. - Bom dia Laura, tudo bem? Como você está? Tudo bem com você? Quando ele termina de perguntar três vezes se estou bem, já estou dentro do elevador! Certo dia de chuva, cheguei ao Nações inteira molhada. -Laura, não faça mais isso, tomar chuva assim é perigoso e você vai acabar doente. Um guarda-chuva custa 5 reais hoje em dia Laura!

Tchau Gildo!!! #adoroessafoto
Jaime é minha revista de fofoca diária. -Laura, você ficou sabendo que o fulano do 10º se jogou lá de cima? A japa foi presa e o ciclano bateu na mulher? -Ai meu Deus Jaime, que horror! Mas está tudo bem? -Sim Laura, tudo ótimo por aqui! Se você for na padoca, compra dois pãezinhos pra mim? Haha obrigada São Paulo, obrigada Gildo. Obrigada Jaime. Obrigada Nataia, Paulinha, Magrilia, Maricota e Vivi pela parceria, danças da globeleza, BBB, The Voice, desapego de madrugada, Prainha, The Blue Pub, desabafos, risotos de madrugada depois da balada, cantorias no chuveiro, arroz papinha, desfile de look do dia, coque despretensioso, boteco sertanejo e as trezentas mil risadas que demos juntas nesses 3 anos de Nações.

Há quem não goste daqui. Tem muito trânsito, isso aqui é um caos mesmo. O jeito é ter sempre boas e muitas músicas no ipod. Confesso que mesmo assim há dias em que chego em casa, tomo banho, como e vou para cama, cansada, estressada, achando tudo isso loucura demais e querendo meus cachorros perto de mim. Dia sim, dia não, tenho vontade de sumir. Às vezes quero vender pulseiras coloridas na praia ou abrir um canil no interior. Mas aqui é a cidade da oportunidade, e foi aqui que cresci e cresço cada dia mais, tanto pessoal, quanto profissionalmente. Nesses quase 10 anos, tanta coisa boa aconteceu comigo, tanta gente me acolheu e me ajudou que eu só tenho a agradecer. Mais do que sorte, sempre tive pessoas queridas ao meu lado me dando forças, assim como meu anjo da guarda me protegendo e Deus no meu coração.

Sou muito feliz e amo a minha vida. Me entreguei de corpo e alma a todas as etapas que vivi até agora, por isso sofri ao sair do colégio, da faculdade, do estágio, do meu apartamento e agora estou sofrendo para largar tudo isso, nem que seja por 6 meses. Mas olho para frente e penso que o melhor sempre está por vir (embora muitas vezes seja tão difícil pensar assim). E o melhor sempre veio para mim. Sou eternamente grata às pessoas que me ajudaram desde que cheguei aqui e todas as oportunidades que tive até agora. Pessoas que acreditaram e acreditam em mim, amigos que são os irmãos que a vida me deu. 
E vou dizendo na sequencia bem clichê, eu preciso de todos vocês!




Tenho muito amor por São Paulo, onde aprendi a considerar justa toda a forma de amor. 

Parto hoje de São Paulo, rumo à Tatuí, minha cidade ternura, onde passarei um mês organizando tudo para a viagem. Em breve estarei em San Diego, na Califórnia, vivendo a vida sob as ondas. E sinceramente, eu não sei como será minha vida daqui pra frente. Meu avô sempre me disse para eu nunca esquecer quem eu sou, pois com humildade, vamos longe. 

Vô, eu não esqueci. Eu sei quem eu sou, da onde eu vim e onde eu quero chegar. 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Ipod já

A Califórnia é o estado queridinho de várias bandas. Li num blog que se os estados norte americanos fossem personagens de um filme hollywoodiano de High School, a Califórnia com certeza seria a líder de torcida super-popular e simpática. Que bom porque gosto disso e já estou me inspirando no Ipod também!


1. California - Phantom Planet (The O.C)
We'vw been on the run
Driving in the sun
Looking out for number one
California here we come
Righr back where we started from


2. De repente Califórnia - Lulu Santos
Na Califórnia é diferente irmão
É muito mais do que um sonho
A vida passa lentamente
E a gente vai tão de repente
Tão de repente que não sente
Saudade do que já passou


3. Californication - Red Hot Chili Peppers
The sun may rise the east, at least it settles in the final location
It's understood that Hollywood sells californation
Dream of californication
It's the edge of the world and all of western civilization


4. California Dreamin - Beach Boys
He knows I'm gonna stay
Knows I'm gonna stay
California dreaming
California dreaming

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Vou morrer de saudade

Junto com a minha ida para a Califórnia, veio também minha despedida do Nações.
Para quem não sabe, o Nações é o prédio que morei por quase 3 anos, localizado no coração da cidade, como diz minha rommie Nataia. Fica na Av. Paulista, 648, e foi lá que aprendi a gostar mais de São Paulo. Não vou falar muito, porque ando emocionada demais esses dias. Apenas obrigada às minhas rommies queridas que tanto amo, aos porteiros protetores Gildo e Jaime e aos vizinhos  incríveis Sabrina e Rafael (e agora o pequeno Heitor), que em vez de reclamarem das festinhas no apê, achavam lindo a nossa alegria. 

Mais um ciclo que se encerra. Chegou a hora de cada uma de nós seguir a sua vida. Nataia comprou um apê, Magrília voltou para Campinas, Maricota foi morar com o namorado, Vivs e Paulets foram morar sozinhas e eu estou indo viajar em menos de um mês. 

As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem. (Chico Buarque)

Mas vou morrer de saudades.

Festinha de despedida do apê 
Vista do apê

Tchau Gildo



Nosso mural xodó
As almofadas queridinhas dos amigos


A salinha com a janela giga que fingíamos ser do camarote de Salvador
Nossos amigos da madrugada


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Return Sta Andrews

Acabei de chegar em casa, depois de uma manhã bem cansativa. A entrevista do meu visto foi hoje e estou desidratada e tensa até agora.

O Consulado Americano de São Paulo é grande e quente. Fiquei por meia hora em uma fila de segurança no sol. Dica: não vá de preto, leve elástico para prender o cabelo e grampo para prender a franja. Não leve celular e nenhum tipo de aparelho eletrônico. Vá apenas com a pasta de documentos. Optei por não fazer amizade na fila nem ficar de papo. Nada me tira da cabeça que tem americanos infiltrados para ouvir as conversas...haha E se não tem, deveria ter, porque ouvi tanta besteira na fila que eu negaria o visto de vários ali. Mas enfim, passando pela revista, fiquei sentada aguardando meu nome ser chamado. Ali sim era fechado e fresquinho. E é claro que, como sempre acontece comigo, meu nome foi quase o último a ser chamado. Entrei enfim na última fila.

Há 20 janelas de entrevista. Como sou bastante observadora, já fiz uma análise um por um e descobri que 80% eram homens e em geral demoravam 10 minutos para aprovarem ou reprovarem o visto. Alguns falavam bom dia e outros já começam pedindo os documentos e fazendo perguntas. Muitos não olham para o olho do entrevistado. Diante desse cenário, estava tranquila até bater o olho em uma americana de aparentemente 5 metros de altura, cabelos longos até o pé e vermelha (de tão brava). Reparei que ela negava todos os vistos de quem ia para a fila dela e pensei, não posso ir com ela se não o sonho acabou! Mentalizei:não posso ir para a janela 11.

E adivinha? -Senhorita, janela 11, por favor.

Não pensei duas vezes, olhei para trás e disse: Pode passar na minha frente. Mas fui informada que não podia. Tudo bem, não custa tentar. 

Lá fui eu encarar a fila da gigante dos cabelos longos que iria me fuzilar com o olhar. Todos que estavam na minha frente saíram com o papel amarelo de visto negado. Lembrei das dicas do meu pai, respirei fundo e fui.

Entreguei o passaporte, os documentos e respondi apenas o que ela me perguntou. Nada de ser simpática ou elogiar o cabelo dela, como alguns fizeram e se deram mal. Eles estão lá para trabalhar, não para bater papo e não são nossos amigos (nem querem ser). Respondi as perguntas e por um momento ela parou de escrever e me olhou. E de repente ela me fala que estava na dúvida se iria conceder meu visto porque eu tenho cara que vou gostar da Califórnia e não vou voltar. Pensei rápido e respondi com firmeza. -Eu estou indo para estudar inglês, porque a minha profissão exige. Tenho um emprego fixo, onde estou há 4 anos e tirei uma licença por seis meses para estudar. Aqui está a minha carteira de trabalho. Porém minha vida é aqui e preciso voltar para o meu emprego em setembro. E é isso que vou fazer.

Ela me entregou os documentos e disse, RETURN, Sta. ANDREWS.

Agradeci e saí antes que ela mudasse de ideia. 
Se por um acaso passar os seis meses e me der qualquer vontadinha de ficar, vou lembrar da gigante dos cabelos longos gritando RETURN Sta. ANDREWS, RETURN.

Visto aprovado. Califórnia, here I go!!!!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Estoy aquí

Quem me conhece sabe que se há algo que me interessa nesse mundo, é cachorro! Essa ação desenvolvida por dois estudantes chilenos me fez chorar. 

Cachorros que vivem nas ruas muitas vezes passam despercebidos pelo olhar das pessoas e, com o objetivo de reverter essa situação, Violeta Caro Pinda e Felipe Carrasco Guzmán amarraram balões no pescoço dos cachorros de rua com mensagens como "brinque comigo", "me abrace" e "não me deixe". O vídeo da ação intitulada 'Estoy aquí' já foi visto por mais de 300 mil pessoas e deu certo. Os dogs chilenos comoveram as pessoas, que retribuíram com carinhos, comida, sorrisos e cuidados.

Uma pequena ação, criativa e barata, aproximando estranhos e espalhando bondade e amor.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Thanks Dilma

Não sei, mas tenho a impressão de que a Dilma e companhia ficam o dia e a noite pensando o que eles podem fazer agora para tirar o nosso dinheiro.

Dessa vez ela teve a brilhante ideia de aumentar o IOF sobre cartões de débito no exterior, elevando a cobrança de 0,38% para 6,38% também para compras de traveller checks e saques de moeda estrangeira fora do Brasil. 

O Ministério da Fazenda avisou que a medida começou a valer no dia 28 de dezembro e alegou que a decisão confere isonomia de tratamento nas operações com moeda estrangeira realizadas por meio de cartões de crédito internacional. Mas para mim está claro que o objetivo é conter o consumo do brasileiro no exterior. 

Esse aumento também atinge o carregamento de cartões pré-pagos com moeda estrangeira, que é o meu caso. Obrigada Dilma, arrasou.

Fonte: Agência Estado
Divulgação

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

California Girl





Ganhei o Guia Califórnia da Folha de S.Paulo de um amigo querido. Ele sabe o quanto fiquei feliz e amei o presente (porque eu gritei e pulei no pescoço dele). Já comecei a ler e encher o coitado de post it colorido. São tantos lugares, tanta coisa linda para visitar, nadar, comer, olhar, que estou ficando doida. Aproveito para contar da onde surgiu a ideia de viajar e por que a Califórnia.

Minha vó é americana (de Kansas City) e meu pai morou por muitos anos nos Estados Unidos, mas especificamente em Flagstaff-AZ, onde foi piloto de helicóptero do incrível Grand Canyon. Por isso, eu e minha irmã costumávamos visitá-lo com frequência e o inglês melhorava a cada ano. Depois que ele resolveu se aposentar, voltou ao Brasil e hoje mora em Florianópolis, que também é viiida (qualquer dia faço um post só de Floripa, porque ela merece). Logo depois passei no vestibular, me mudei para São Paulo, comecei a trabalhar e estou aqui. Com todo esse tempo sem falar, meu inglês deu uma enferrujada e ando sentindo uma necessidade grande de voltar a falar, até porque minha profissão exige.

Eu amo viajar, conhecer lugares novos, mas sempre para visitar, nunca tive vontade de morar longe de tudo que eu amo. Mas acho que chegou a minha hora. Liguei para os meninos da Descubra o Mundo, que prontamente me enviaram várias opções de cursos de inglês em Londres, Dublin, Boston, Fort Lauderdale, San Francisco e San Diego. É uma agência online, super confiável e o atendimento impecável. Nem preciso dizer que o amor que tenho pelos Estados Unidos fez meu coração bater mais forte e assim que comecei a pesquisar foi amor a primeira vista pela Califórnia. Pensei: quero sumir pra lá! Isso aqui tem a minha cara!!! E então escolhi San Diego, olha só porque!



A segunda etapa foi planejar (ou não). Depois de muitas anotações, fui para Florianópolis no final de outubro, conversei com o meu pai para saber o que ele achava, mas já esperando ouvir: A Laura sempre se empolga com tudo! Mas foi o contrário. Ouvi 'so proud of you', sentamos descalços no sofá com notebook na mão, olhamos todos os sites possíveis, demos várias gargalhadas, ouvi atentamente os conselhos e dicas dele e para a minha surpresa, ganhei a viagem de presente. Ali mesmo já decidimos, pagamos a viagem e escolhemos a data. Março de 2014, logo após o carnaval (claro!). Chorei, o abracei e agradeci. E de repente me senti tão bem, tão filha, tão feliz. Oh my god, eu vou pra Califórnia, viver a vida sob as ondas!!!!!!! 

O terceiro passo foi conversar com meu chefe e o CEO da empresa onde estou há quase 4 anos, por quem tenho muito carinho e gratidão por terem me apoiado nessa loucura. Eles não deixaram eu pedir demissão, me deram uma licença no período que ficarei fora e ainda me ofereceram a oportunidade de trabalhar em uma das filiais da empresa na Califórnia. Pra poucos né? Muito amor por eles.

Etapa número 4 foi tirar passaporte e visto, que estavam vencidos desde mil novecentos e bolinha, olha só!




Agora é esperar dia 9 de março chegar logo, aproveitar ao máximo essa oportunidade única na minha vida e agradecer meu pai por acreditar em mim quando nem eu mesma acreditava. Thanks daddy, for all.



quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Why do we fall?

“Se você não está fazendo a vida de alguém melhor, então você está desperdiçando seu tempo. O mundo não é só pôr-do-sol e arco-íris. E não importa o quão forte você é. Ele vai te bater e te deixar de joelhos, e te deixa assim pra sempre se você permitir. Você, eu ou ninguém vai te bater tão forte quanto a vida, mas não é sobre o quão forte você bate, é sobre o quão forte você pode apanhar e continuar em frente. É assim que se faz a vitória...”